sábado, 26 de abril de 2008

Labirintite

Percebi essa semana, vendo alguns filmes brasileiros em cartaz, que muitos cineastas brasileiros sofrem de labirintite.
E não é tudo: dramaticamente não parece haver conflitos nesses filmes, mas pura e simplesmente "estados de ânimo". Maré, da Lúcia Murat e O Signo da Cidade do Ricelli por exemplo (apesar disso valer também para O Maior Amor do Mundo, do Diegues, revisto recentemente).
Escreverei mais sobre isso uma outra hora.


Labirintite causa vertigem, desequilíbrio e algumas vezes movimentos involuntários dos olhos. É comum a perda de audição no ouvido infectado. Também são comuns náusea, ansiedade e sensação de mal estar devido aos sinais de equilíbrio distorcidos que o cérebro recebe do ouvido (...) Muitas vezes, a causa da labirintite é uma cinetose, caracterizada por perturbações do equilíbrio causadas por movimentação.

pílulas do Rivette



Diferente de Godard, Jacques Rivette não se furta a falar do cinema hoje com o mesmo entusiasmo que falava há cinquenta anos. Certamente a postura de cada um deles está na virada dos anos 50 para os 60, momento em que Godard dá prioridade à práxis e Rivette à contemplação. Enquanto Godard vê o cinema como destino (como um todo), Rivette crê que deve se ocupar dos filmes (especificamente). Godard historiador, Rivette litúrgico.

Começando hoje colocarei posts de comentários de Rivette sobre flmes diversos. De Tire-au-Flanc, de Renoir, a Carne Trêmula, de Almodóvar.


Interlúdio (Notorious), de Alfred Hitchcock


“Se eu tivesse que escolher um só filme de Alfred Hitchcock seria Interlúdio e a razão é Ingrid Bergman. Uma relação amorosa imaginária entre Alfred Hitchcock e Ingrid Bergman tendo Cary Grant ao meio. A cena final deve ser a mais perfeita da História do cinema, onde tudo se resolve em três minutos: a história de amor, o drama familiar e a trama de espionagem. Poucas tomadas, magníficas e inesquecíveis.”



Os Carrascos Também Morrem (Hangmen also Die), de Fritz Lang


“Lang é o cineasta do conceito. Por isso, não dá pra falar de abstração e estilização sem cair no erro. Depende do espectador saber tomar responsabilidade pelos pensamentos e razões dos personagens, de transformar momentos contraditórios em conceito.”



Viagem à Itália (Viaggio in Italia), de Roberto Rosselini


“Finalmente nos deparamos com um filme em que Rosselini mostra às claras a sua maestria e usa com elementar liberdade os seus recursos. O resultado é que se torna impossível ver Viagem à Itália sem se dar conta, evidentemente, de que este é um filme que abre uma brecha, e que qualquer tipo de cinema parece ter o dever de passar por uma experiência equivalente, sob pena de extinção.”

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Olá amigos!


Blog restaurado e com novidades...

Depois de muito tempo postando fotos e vídeos do youtube e de uma entresafra de paralização geral, este blog volta com algumas novidades.

A idéia era fazer um blog que tivesse um material diferente do qual eu produzo para a Cinética e a Paisà, ao mesmo tempo que continuasse sendo um blog de cinema que não se furta de flertar com outros assuntos.

Como o dia a dia anda muito corrido, não baixo filmes na Internet (ainda)e não sou muito econômico com as palavras, esse blog será um exercício se síntese a partir de filmes que me interessarem e, sobretudo, os filmes da semana na TV aberta e a cabo (com os quais tenho contato diariamente),lançamentos em DVD, pra que enfim, esse joça tenha alguma função. Mas não será um trabalho de jornalista porque mesmo esses textos curtos e anotações terão um esforço além da mera função informativa, que só por ela, nada me interessa.





Além disso haverão reflexões diversas sobre a avalanche de imagens e informações do cotidiano, buscando sempre escapar do personalismo, do diário pessoal, mesmo que algumas vezes haja alguns testemunhos.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

De volta

O blog volta a funcionar a partir dessa data.